Sábado,manhã de outono,resolvo voltar mais uma vez ao Museu do Pontal,agora em instalações adequadas,em ´plena Barra da Tijuca,ao lado do condominio Alphaville.Trata-se do maior museu de arte popular brasileira,que devemos a um francês:Jacques Van de Beuque,que nasceu em Bavay ,no norte da França,estudou Belas Artes em Valenciennes e Lyon,participou da resistência francesa e foi enviado para o campo de trabalhos forçados em Kiel,Alemanha.Em 1944,foge da prisão e após uma conversa com Portinari ,em Paris vem para o Brasil.Durante 45 anos,pesquisa e viaja por todo nosso país,criando um acervo de quase 9000 peças de 300 artistas brasileiros,produzidas a partir do século XX.É justamente talacervo que o Museu do Pontal abriga.
A entrada é gratuita mas sugere-se uma colaboração de R$ 20,00 (inteira ) e R$10,00 (meia).Faço a reserva ,através de um link existente no portal do museu .O ingresso é enviado por e-mail e o check in foi rápido e atencioso.É hora de iniciar a visita .São mil metros quadrados ,onde nos deliciamos com a exposição central:"Novos ares:pontal reinventado"que nos remete a proposta original de Van de Beuque,revisitada à luz de 2021.Em volta,há cinco exposições temporárias.A presença de qrcode em todas as instalações nos permite entender melhor o Brasil plural e seus artistas.Não paro de fotografar e embora esteja visitando pela terceira vez o Museu,fico maravilhado e agradecido por tanta oferta artistica,num único espaço,com várias interações,inclusive de viver o desfile da Sapucai,na última sala,antes da lojinha.
A lojinha traz algumas peças de arte brasileira e livros para venda.Os preços são salgados e único livro existente sobre o museu custa RS 90,00(noventa reais).Não existe nenhum folheto disponível sobre o acervo.É algo que faz falta e que precisa ser providenciado com urgência,assim como informações em outros idiomas.Entendo que o museu deve ser incluído em todos os tours ofertados por agências de receptivo,o que não acontece.
Como estava com fome,resolvo almoçar na cafeteria local.Parece bem agradável.Chama-se Divino Café mas o serviço deixou muito a desejar.Só havia opção de vinho tinto e a taça já veio servida,embora o garcom tivesse apresentado a opção de vinho branco.A bruschetta de entrada veio sem gosto.O macarrão com carne moída estava delicioso,assim como o empadão de frango com salada de meu acompanhante.As sobremesas em miniatura custavam RS 16,00 mas eram de boa qualidade,assim como o café.Entendo que falta gestão,que poderá aprimorar e aumentar as vendas.Há também uma possibilidade de piquenique,por RS 78,00 para duas pessoas,que pretendo usufruir na minha próxima visita.
O museu abre de quinta à domingo ,das 10 h às 18 h e nos seus 14 mil metros quadrados,apresenta jardins muito bem cuidados.É um programa que todo morador do Estado deve fazer ,assim como turistas nacionais e internacionais.
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